Erica Nogueira Portfólio

Portfólio

terça-feira, outubro 17, 2006

VALE TUDO EM NOME DA AUDIÊNCIA?

Nos meios de comunicação se sabe que as receitas são pagas pelos patrocinadores (anunciantes), que querem divulgar seus produtos e/ou serviços, e conseqüentemente, aumentarem suas vendas. Mas, na hora de escolher do programa em que vão anunciar, um dos fatores influenciadores é a audiência, além é claro do target, pois eles procuram aqueles mais assistidos, que dará maior visibilidade a seus produtos e/ou serviços. Em razão disso, os produtores de programas fazem de “tudo” para alcançar um grande IBOPE. Mas até que ponto esse vale tudo é ético? Onde fica a questão social? Programas como: A hora da verdade, Ratinho, Domingo Legal, entre outros, expõe a imagem de anônimos ao ridículo em nome da tão aclamada audiência, para assim conseguirem maior número de patrocinadores e disputarem com o concorrente do horário. Em entrevistas a uma revista, Gugu Liberato, apresentador do Domingo Legal, declarou que é obcecado pela audiência, que de minuto em minuto verifica os números do IBOPE e chega a gastar 60 mil reais por programa, para vencer a disputa dominical. Isso revela até que ponto ele pode ir em nome da audiência, e não contraria a hipótese de certo tempo ter forjado entrevista com o Grupo PCC. Nesse patamar, o publicitário que se baseia na audiência para fazer um plano de mídia, é “obrigado” a compactuar como esse modelo antiético de se comunicar e acabam indicando esses programas a seus clientes, com isso, ajudando-os a conseguirem a sua meta, que é mais patrocinadores, pois o conceito de maior audiência, maior retorno, é válido, e ninguém quer veicular em horário decaído.